Sites Vendem Diplomas do Ensino Médio e Ensino Superior Online

Sites Vendem Diplomas do Ensino Médio e Ensino Superior Online

Procurando por um lugar confiável para comprar diploma do ensino médio e Superior? Em uma rápida pesquisa na internet, é possível encontrar dezenas de sites que anunciam, de forma aberta, a venda de diplomas do ensino médio e de cursos superiores.

A equipe de reportagem da Globo identificou ao menos dez sites ativos oferecendo diplomas prontos, inclusive com valores tabelados para diferentes níveis de escolaridade. Em alguns deles, o interessado escolhe o curso desejado, a instituição de origem (fictícia ou real) e até o ano de conclusão — como se estivesse montando um cardápio educacional personalizado.

O que você deve saber sobre compra de diplomas do ensino médio e superior?

  • Ofertas: Sites oferecem diplomas do ensino médio e superior de forma direta, com promessa de entrega rápida e aparência oficial.
  • Processo personalizado: O comprador escolhe curso, nome da instituição (real ou inventada) e data de conclusão, o que simula uma trajetória educacional legítima.
  • Facilidade no pagamento: A comercialização é feita com opções acessíveis — Pix, transferência e também é possível comprar diplomas no boleto parcelado — dificultando a identificação dos responsáveis pelas transações.

“Diploma em até 15 dias”: o mercado ilegal que dribla a fiscalização

Em um dos sites visitados pela reportagem, um suposto “atendente” garante, via chat, que é possível receber um diploma de curso superior com registro em cartório em até 15 dias úteis. A promessa inclui documento impresso em papel especial, assinaturas de reitor, histórico escolar, número de registro e até acesso temporário a um sistema falso para “validar” o diploma.

A prática é antiga, mas tem se modernizado com o avanço da tecnologia. Hoje, muitos desses documentos chegam ao comprador com códigos QR falsificados, que redirecionam para páginas clonadas de universidades conhecidas. Esses sites simulam uma validação real, dificultando ainda mais a identificação da fraude por recrutadores ou instituições.

Como evitar cair em golpes: orientação para estudantes e empresas

É fundamental que os alunos e profissionais busquem sempre instituições autorizadas pelo MEC. O sistema e-MEC, mantido pelo Ministério da Educação, é a principal plataforma para verificar se a faculdade ou curso desejado é válido.

Como consultar um curso ou instituição no e-MEC:

  1. Acesse https://emec.mec.gov.br
  2. Clique em “Consulta Avançada”
  3. Insira o nome da instituição ou curso
  4. Verifique se a situação está “Autorizada”, “Reconhecida” ou “Credenciada”

Empresas também devem implementar processos rigorosos de verificação de diplomas no momento da contratação, incluindo:

  • Solicitação de histórico escolar
  • Validação junto à instituição emissora
  • Consulta aos registros internos das universidades

Oportunidades legais para quem não concluiu os estudos

Para quem precisa concluir o ensino médio de forma legal e reconhecida pelo MEC, o Encceja (Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos) é uma alternativa gratuita e oferecida pelo governo federal. A prova é aplicada anualmente e permite que maiores de 18 anos obtenham a certificação oficial.

No caso do ensino superior, há diversas opções para obter diplomas reconhecidos pelo MEC de faculdades EAD com credenciamento ativo, como:

  • Unopar
  • Unip
  • Estácio

Essas instituições oferecem cursos com validação 100% pelo MEC, incluindo emissão de diplomas digitais e presença em cadastros oficiais.

Conclusão: o diploma precisa ser legítimo — e isso não é negociável

A venda de diplomas é uma ameaça direta à qualidade da educação e ao mérito dos profissionais brasileiros. Embora o acesso ao ensino tenha se ampliado com novas tecnologias e formatos, isso não justifica a banalização de uma conquista que exige anos de esforço e dedicação.

Quem compra um diploma falso não apenas comete um crime, mas contribui para a desvalorização de todo o sistema educacional. A melhor alternativa continua sendo a busca pela formação legítima, mesmo que por meio de programas como supletivo, EJA ou ensino a distância.

Se você encontrou um site oferecendo esse tipo de serviço, denuncie. A educação não é mercadoria — e a sociedade tem o dever de protegê-la.

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