O que são ativos distressed: entenda neste artigo
Quem pretende fazer investimentos de grande porte precisa entender o que são ativos distressed. Afinal de contas, se bem escolhidos, eles representam oportunidades de grandes ganhos para o investidor. No entanto, também trazem muitos riscos, o que afasta muita gente e deixa apenas aqueles mais ambientados no mercado financeiro para fazer esse tipo de investimento.
Se você é do tipo de investidor mais agressivo, que aceita correr um pouco mais de risco se isso significar um ganho potencial maximizado, então provavelmente vai adorar aprender o que são ativos distressed. Eles podem, de fato, oferecer grandes oportunidades para você, mas é necessário conhecê-los bem para fazer bons investimentos nessa área.
E aí, quer aprender o que são ativos distressed? Então siga a leitura do artigo abaixo com atenção!
O que são ativos distressed?
Ativos distressed são ativos emitidos por empresas que estão em uma situação complicada no mercado, seja porque estão à beira da falência, seja porque já passaram por ela e estão em crise ainda.
Por exemplo, imagine que a Saraiva (que é uma empresa nacional que está em fase de recuperação judicial e tem muitas dívidas a pagar) emita alguns debêntures ou que abra a oportunidade do investidor comprar ações que dão espaço no seu conselho administrativo.
Comprar esses ativos seria fazer um investimento distressed, já que o ente que os emitiu está em uma situação de risco no mercado.
Por consequência, os ativos (sejam ações, sejam debêntures ou qualquer outro recurso) são extremamente desvalorizados (baratos) e devem pagar muito bem ao investidor ou fundo.
No entanto, eles não pagam somente com um bom retorno financeiro (como é o caso dos ativos buscados pelos fundos abutres, por exemplo), mas sim por meio de um processo de reestruturação.
Ou seja, quem investe em ativos distressed está buscando que a empresa que emitiu o ativo se recupere estruturalmente, que pague suas dívidas e volte a operar de maneira adequada.
Assim, os ativos vão se valorizar gigantescamente e, portanto, tornar-se-ão excelentes investimentos para uma venda futura.
Pense, por exemplo, numa empresa que está em grandes dificuldades, com uma reestruturação judicial em ação. Suas ações ordinárias (que dão acesso a voto em assembleias) estão muito baratas: coisa de R$ 1,00 ou R$ 1,50.
Um fundo que tenha uma boa consultoria jurídica no segmento de ativos distressed pode enxergar essa empresa como uma boa oportunidade e comprar uma grande quantidade de ações ordinárias para ajudar na reestruturação do negócio.
Assim, quando a empresa melhorar o seu posicionamento, resolver as dívidas e operar normalmente no mercado, aquelas ações crescerão para R$ 10,00, R$ 15,00, por exemplo. Isso é uma valorização de 1.000%.
Quais as vantagens e desvantagens desses ativos?
Existem grandes vantagens em investir em ativos distressed. A principal delas é o seu grande potencial de valorização. Como vimos no exemplo acima, a reestruturação e recuperação de uma empresa em situação complicada pode aumentar os ganhos de maneira muito acima da média. Em outras palavras, esse tipo de ativo respeita a regra de ouro do mercado de investimentos: comprar barato e vender caro.
Outra vantagem é que o ativo já passou por todo tipo de desvalorização que poderia ter. É o famoso: “pior do que está, não fica”. Assim, a tendência é que o investimento se valorize (e qualquer crescimento já é um retorno bom).
No entanto, existem algumas desvantagens nesse tipo de investimento também. O primeiro, claro, é o risco: se a empresa está em uma situação complicada, o risco dela falir ou de não pagar o crédito (no caso de debêntures) é bem significativo. Por isso é vital ter uma consultoria jurídica que possa indicar quais são as melhores oportunidades do mercado.
Vale a pena investir em ativos distressed?
Normalmente, a pergunta sobre se vale a pena investir em X ou em Y é complicada. Afinal de contas, se um investimento existe, é porque há público para ele. E, para essas pessoas, vale a pena fazer esse negócio.
No caso dos ativos distressed, eles têm um potencial de valorização gigantesco. Nesse caso, vale sim a pena investir neles, mas somente para quem tem o perfil certo: entende e aceita os riscos, tenha apoio jurídico para identificar as melhores oportunidades e recursos para absorver as perdas potenciais que possam acontecer. Se esse é o seu perfil, vale sim a pena investir em ativos distressed para poder ter uma chance de receber os ganhos altíssimos do setor.
Agora que você já sabe o que são ativos distressed, quais são suas características, suas vantagens e desvantagens e se vale ou não a pena investir nesses ativos na sua carteira, já pode tomar as melhores decisões financeiras e econômicas com o seu dinheiro. Afinal de contas, o conhecimento é o primeiro passo para aumentar os seus ganhos e garantir maior valorização da sua carteira.
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